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Gaiolas.


Não posso dizer, que escrevo bem ou que escrevo mal... Eu só escrevo.
Eu sento aqui, e começo os rascunhos, de 1,2,3...10 textos. Uns com algumas palavras que eu organizei e parei no meio, outros com parágrafos e mais parágrafos com introdução, meio e conclusão de uma problemática que eu mesma inventei enquanto estava indo pro trabalho no transporte público, observando as pessoas ao meu redor.

Escrevo coisas que passam aleatoriamente pela minha cabeça sem motivo algum, escrevo sobre a minha vida muita das vezes, escrevo sobre as pessoas que conheço, sobre as que eu gosto e sobre as que não gosto, escrevo sobre as histórias que me contam e sobre as histórias que eu invento, sobre perspectivas e visões, sobre amores e paixões, aventuras e loucuras, que saem da minha cabeça e escorrem descontroladamente pelos meus dedos.

Escrevo os pássaros da minha cabeça, ou melhor, os liberto e os deixo voar, sem rumo e deixo pousar. Abro as gaiolas que prendem meus pensamentos e de repente, um texto cheio de cores, rimas, dores, amores, visões, temores, paixões e o bastidores da minha mente e do meu coração surge diante dos meus olhos. "Eu estou aqui!"

Genuinamente acho, que escrever é o meu propósito, protótipo de vida, o que minha alma clama, é mais do que eu sou, mais do que posso ser, é além de mim, além do meu ser. Escrever é mais do que eu posso imaginar, é o amor que sinto em cada batimento, é o meu sonho e o meu alento, e as palavras são minhas melhores amigas. Como elas eu esvazio o meu coração, coloco os sentimentos pra fora, marco a solidão, deixo os demônios irem embora; com elas eu expresso a minha visão, todos os meus caminhos na contra mão, as minhas ideia tortas e os meus pensamentos fugazes, as minhas passadas no caminho errado e os sonhos mais perspicazes, selvagens. As palavras sou eu e elas são minhas. É a minha casa, é a minha morada, é onde me deixo ser quem eu mais temia. É onde eu me costuro, onde eu me bordo, é onde eu me traço, onde eu me choco, onde eu me pergunto, onde eu me mostro e me escondo, e me contradizo todas as vezes.

Escrever é para mim, mais do que eu mesma, é meu sonho e minha realidade. Escrever, organizar as palavras sem sentido separadas, é organizar o coração, esvaziar a mente e libertar todos os meus pássaros e borboletas.

Escrever é muito mais do que eu mesma!!!

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