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Mostrando postagens de setembro, 2020

Flores na palma

Eu não posso ver o caminho que meus pés estão seguindo, eu não posso ver o chão sobre o qual eu piso... A minha visão não alcança nada mais a minha frente, mas eu continuo andando e tropeçando, nas pedras que insistem em rolar no meu caminho, Se eu sei para onde eu vou? eu não posso dizer... se eu vou parar e descansar a cabeça no travesseiro e sonhar sonhos doces? de certo que não, Eu vou continuar correndo, e vou continuar tropeçando, eu vou continuar me erguendo do chão... As folhas se amontoam na minha mão, mas são as flores que eu quero alcançar, Eu não quero deixar rastro na estrada, porque não sei onde ela vai chegar... Por favor, não me siga, e nem pergunte sobre mim estou desbravando a floresta que parece não ter fim... E eu não quero sonhar, eu quero fazer o meu coração uma sempre primavera, o inverno insiste em chegar, eu quero viver, quero chorar, quero gritar... Quero correr até meus pés se cansarem, E vou tropeçar, mas enguer é a minha palavra e é ela que eu uso pra andar

Elas - de novo.

 As palavras me montam de novo,  juntam meus cacos e estilhaços e me fazem pessoa,  toda a minha pessoa.  Elas me encontram na minha escuridão, no meu medo  no meu porão e me trazem para a luz.  E mesmo que eu não me encontre no meu estado mais são,  elas são o meu ponto são, como um farol para embarcação.  E por mais que eu tente remar divagando,  elas me guiam como uma bússola e eu me despejo em mil pedaços no chão,  mas elas me fazem histórias, estória e poema,  elas fazem contos dos meus dilemas,  dos meus lemas e das minhas novenas.  As palavras me fazem.  E desconheço melhor maneira de ser,  de viver, se não através destas formas de passagem de mensagem, de comunicação.  Elas são tudo, mas só são tudo, porque um dia foram nada.  E elas são as misturas de tudo,  são escritas, rabiscos e rascunhos são sentimentos, alentos e decepção  elas me remontam todas as vezes,  me dão asas e me tiram do chão.