Eu não posso ver o caminho que meus pés estão seguindo, eu não posso ver o chão sobre o qual eu piso... A minha visão não alcança nada mais a minha frente, mas eu continuo andando e tropeçando, nas pedras que insistem em rolar no meu caminho, Se eu sei para onde eu vou? eu não posso dizer... se eu vou parar e descansar a cabeça no travesseiro e sonhar sonhos doces? de certo que não, Eu vou continuar correndo, e vou continuar tropeçando, eu vou continuar me erguendo do chão... As folhas se amontoam na minha mão, mas são as flores que eu quero alcançar, Eu não quero deixar rastro na estrada, porque não sei onde ela vai chegar... Por favor, não me siga, e nem pergunte sobre mim estou desbravando a floresta que parece não ter fim... E eu não quero sonhar, eu quero fazer o meu coração uma sempre primavera, o inverno insiste em chegar, eu quero viver, quero chorar, quero gritar... Quero correr até meus pés se cansarem, E vou tropeçar, mas enguer é a minha palavra e é ela que eu uso pra andar