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Mostrando postagens de abril, 2020

Não há lugar.

Nessa casa que você chama de sua  e me convida pra entrar, já tem gente demais esparramada pelo sofá, já tem gente demais sentada janelas, saindo pela cozinha e entrando pela porta, pra mim não há. E nessa casa você diz, "Ainda tem espaço",  mas eu não vejo mais nenhum lugar. Olha só que ironia, aquela casa não era minha, era só um amontoado de gente para se achegar. Você me convidara, "se achegue, a casa é apertada, mas dá para apertar" Olha só, você me convidou, sem contar quantas pessoas cabiam em um só lugar, um só lugar. Não cabe, não há como entrar. Eu fechei as portas, bloqueei com barricadas, para me impedir de passar. Eu me bloqueei, me impedi, me despedacei porque não cabia ali. Me despedacei! Ora, eu me despedacei, porque quem sabe, eu pedaço meu daria, para caber e me montar numa sala tão pequenina, me arranquei a pedaços, me fiz de quebra cabeça, mas sua cabeça não quis quebrar, pra me remontar, pra me desenhar, para me

Me deixe.

Nos voltamos de onde paramos Ou fomos mais adiante? Parece que minha cabeça flutua Quando eu penso em nós dois juntos Parece anos atrás E eu sinto que eu não te conheço mais A culpa pode ser minha, Eu não posso culpar ninguém A culpa pode ser sua Mas eu não despejar toda a minha ira Quando meus lábios ja foram seus Me tire daqui, Se ainda temos alguma chance De caminhar lado a lado Ou me deixe pra morrer, Se você não vai mover nenhum passo depois, Se você não vai me fazer me sentir segura em seu amor, Querido, eu te peço por favor Você não deveria pensar tanto em si, E eu não deveria te usar como droga Pra tampar os buracos que eu fiz em mim Nós temos mais que amor aqui, E as vezes eu acho que sinto pena, De voce e de mim Me tire daqui, … O que vamos fazer? Me tire daqui, Se ainda temos alguma chance De caminhar lado a lado Ou me deixe pra morrer, Se você não vai mover nenhum passo depois, Se você não vai me fazer me sentir segura em seu amor, Querido, eu te peço por favor Querido, Que

Caminho.

Os seus pés estão se movendo para longe, para onde eu não posso ver, o caminho que você escolheu, eu não posso percorrer, nossas mãos entrelaçadas se soltam e o ar gelado as abraçam as palavras começam a sumir, como um sopro de algo nunca dito seus pés continuam seguindo, para frente, para os lados, para o caminho, para o seu caminho escolhido a areia molhada esta marcada como rastros de desenho infantil mas os meus estão enterrados, onde você começou os seus, bem ali, onde o ar gelado começou mas eu não sinto, nem o ar e nem a sua falta quero que você seja tão grande quanto o mar quero te ver caminhar, mesmo que isso signifique ter que de longe te amar Continue, nesse caminho que você escolheu sozinho percorrer continue a crer, a crescer, a se erguer eu vou torcer em silêncio, por você meus pés estão e vão seguir, outro caminho, sem os seus comigo, sem você, mas de onde estiver, olhando pra trás e vendo suas pegadas encaminhadas na areia molhada, eu vou agradecer por pelo men

Gasolina.

A energia esta acabando  e não há nenhum posto para carregar,  os dias estão passando  e não há pra onde caminhar  As rodas, as solas  o coração  estão gastos, sem salto  e sem ação  o vento sopra pro leste,  e é pra lá que voa,  as nuvens vão pra o oeste,  e é onde o pensamento ecoa,  Para onde caminhar?  Onde chegar?  Onde procurar?  Onde me encontrar?  Os passos estão pesados,  caminhando na beira do mar,  o coração não se incendiam  não há pra onde remar  Para onde foi a minha gasolina?  O meu Inkigai?  O meu remar?  Para onde foi a minha motivação para me sustentar?  Onde é o meu lar? 

Luz

Eu sempre bordo através das palavras, minhas feridas ensanguentados; ainda não cicatrizadas! A luz eu nunca mostro, quando vou lá no alto e depois volto. O coração apaixonado por algo novo, que não seja um amor que me abalou de novo. Exponho minha ferida pingando, antes de levar o ponto da caneta e do papel. Exponho o dente corroendo um ao outro; quando as 3 me acho pouco pra quele sonho de babel Exponho o acido do estômago me contorcendo quando é noite e não tem féu. Mas a parte luz é bem boa! E eu teço sobre ela de forma tão boba, de forma tão precária. Eu esqueço que não é só de noite que a vida gira, e querendo ou não a luz; um dia vira dia. Mas por vezes me entrego a escuridão, escrevo tanto sobre as minhas dores que brotam calos nas mãos. Escrevo sobre a caixa que protege o coração. Mas esqueço, por fim, de registar que cada tropeço enfim há de me levar a algum lugar. Esqueço me de registar do quanto me acho bonita com o cabelo descabelado dançando sertanejo no meu quarto, d